Atlântico Mar

Fiz de tudo Tudo para te agradar Tudo para que voltasses Que me voltasses a amar Flores eu te dava Mas para elas nem querias olhar Dizias que as ias pôr dentro de água Mas acabavam sempre por murchar Como murchou o teu amor Aquele que dizias sentir Já não sei se era verdade Ou se estavas a mentir Foi tudo teatro Pura representação Mas nunca desisti Desta nossa relação Se a mim não me amavas Era só dizer Era escusado tudo isto Tanto tempo a sofrer Terás saudades minhas Um dia talvez Não podia ser para sempre Porque não começou com um ERA UMA VEZ

Foi neste banco de jardim Que tudo começou Os anos foram passando E muita coisa mudou Muitos por aqui passaram Alguns mais que uma vez Foi neste preciso banco Que te vi pela primeira vez Todos os dias lá estava Para te ver chegar Daquele lado do jardim entravas E por mim tinhas de passar O teu caminho mudou Mas eu vou lá estar Na esperança de que um dia Te volte a encontrar

Batalhas eu venci Batalhas eu ganhei Mas a maior vitória de todas Foi quando o teu amor conquistei Ficarei a teu lado Dia e noite sem fim E quando me perguntares se te vou para sempre amar A minha resposta será sim És tu És tu a razão do meu bem estar É por isso que te pergunto Se comigo queres casar E mais tarde talvez Filhos possamos ter Envelhecer a teu lado A vê-los crescer

Já chega de sofrimento Esta amarga sensação Já não pertencer ao teu mundo De já não estar no teu coração Não vou mais chorar Esses dias acabaram Por ti não deito mais uma lágrima Porque essas já secaram Não vou mentir ao dizer Que não vai ser fácil esquecer Mas a vida ensinou-me Que é assim que se aprende a viver Tempo demais eu sofri E tempo não irei mais perder A paixão que sinto por ti Um dia irá desaparecer

Onde está a igualdade? Uns com tanto e outros com pouco Será que é da natureza Ou anda tudo louco O respeito pelos idosos Esse já não existe E depois há os hipócritas que dizem Olha que velhinho tão triste Tanta guerra em ação E aqui a escrever Mas também não posso fazer mais Esta é a minha forma de combater Os miúdos são cruéis E mal educados também Querem ser adultos Mas não largam a saia da mãe Mas a culpa é dos papás Que fazem tudo para agradar E não sabem dizer não Mesmo quando o menino não se sabe comportar Mas tenho esperança Que os tempos possam mudar E que a normalidade do mundo Poderá voltar

Óptimas notícias chegaram Esta guerra está a acabar Depois de tanto sofrimento Estou quase a regressar Estou ansioso por te ver Ansioso por te abraçar E dizer-te cara a cara Que para sempre te vou amar Estar nos teus braços é o que mais quero Tenho saudades do teu tocar Adormecer agarrado a ti E sentir o teu respirar Tantas lágrimas caíram Medo e dor eu senti Mas isso não foi o pior Porque o mais difícil,  foi estar longe de ti